No Brasil, no bairro de Engenho de Dentro no Rio de Janeiro, localiza-se o Museu de Imagens do Inconsciente, criado pela psiquiatra Dr Nise da Silveira.
O seu acervo consiste nas obras dos participantes do Ateliê de pintura que funcionava dentro do hospital psiquiátrico Pedro II , no qual a psiquiatra coordenava o setro de terapia ocupacional.
Após sua prisão pelo governo Getulio Vargas, por ser acusada de comunista, retorna para esse hospital para ocupar o cargo de coordenadora do setor de terapia ocupacional que se encontrava num estado de total abandono.
Contra qualquer meio de tratamento desumano da saúde mental, como a lobotomia e os eletrochoques, comuns na época, Nise da Silveira começa a realizar um trabalho diferenciado a respeitar cada interno como indivíduo.
Por iniciativa de um monitor que apreciava as artes plásticas, implementou-se o ateliê de pintura, cerâmica, música e trabalhos manuais.
o grande destaque foi para o ateliê de pintura, pois atraiu uma grande curiosidade do meio científico e a partir daí várias pesquisas em relação à esquizofrenia foram desenvolvidos. Esta era a condição da maioria dos pacientes.
Aos poucos os participantes deste Ateliê foram expressando através da pintura os seus conteúdos internos, carregados de imagens oníricas e míticas emergidas do inconsciente e que deu origem a esse museu, mantido até hoje pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.
Os visitantes podem conferir as obras de Adelina Gomes, Fernando Diniz, Emigidio de Barros, Carlos Pertuis, entre outros.
Ele é de extrema importância, pois serviu de ponte desses internos marginalizado com o mundo das artes plásticas.
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